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LIGAR OU NÃO LIGAR NO DIA SEGUINTE? Eis a questão!

A história é muito simples e já aconteceu com 11 em cada 10 mulheres. Você vai para a balada/barzinho/baile de debutantes/whatever e conhece um cara bacana. O papo entre vocês flui superbem, ele é divertido, faz uns comentários inteligentes e tem meia dúzias de piadas meio bobas, mas fofas, escondidas na manga. Vocês ficam a noite toda juntos e antes de irem embora trocam telefones. No dia seguinte você acorda com um sorriso que vai de orelha a orelha certa de que conheceu alguém especial. Aí você pega o celular e fica o resto do dia enlouquecidamente dividida entre a expectativa de que ele entre em contato e a vontade de dar o primeiro passo e parecer louca/oferecida/carente.
Que mané ser ou não ser. Para as mulheres, ligar ou não ligar no dia seguinte é que é a questão. Eu entendo o drama de vocês. Apesar de todo o avanço em direção à igualdade de gênero, apesar de todo o espaço e liberdade que vocês conquistaram, alguns tabus permanecem intocados, como no tempo de nossas avós. Dar o primeiro passo na paquera é um deles. Mas isso não quer dizer que vocês, mulheres, estão condenadas a ficar sentadas a espera que alguém as resgate da torre. Afinal, boa parte dos homens está de saco cheio da Julieta na sacada.

Eu sou super a favor de as pessoas fazerem o que der na telha. Acredito que temos que ser fiéis a nós mesmos, afinal, se tudo der errado, pelo menos a gente consegue entender porque fez as escolhas que nos levaram àquele desfecho. No entanto, isso significa se tornar responsável pelo sucesso ou pelo fracasso da empreitada e nem todo mundo está disposto a assumir essa dose considerável de risco. Então, apesar de a questão ser complexa e envolver toda sorte de inseguranças que assombram o gênero feminino desde sempre, meu conselho é simples. Se você consegue lidar com a possibilidade de levar um fora ou ser mal interpretada pelo sujeito do outro lado da linha, pegue o telefone e ligue sem medo. Dizer que curtiu ter conhecido o cara e que gostaria de ver ele de novo não quer dizer que você seja uma mulher fácil. Significa apenas que você sabe o que quer e que não tem tempo para joguinhos. Perceba que eu disse “conseguir lidar com o fora” e não “sair por aí como se nada tivesse acontecido”. Ou seja, vale ficar chateada por não ter rolado o segundo encontro. 
Você só não pode se sentir a última das mortais por isso, ok? Agora, se o risco da rejeição for coisa demais para digerir, talvez seja melhor esperar o cara tomar a atitude. Porque, nesse caso, a ressaca moral vai ser tão grande se você levar um toco que não vale o risco. Afinal, ninguém precisa de mais encanações, né? No entanto, é importante ficar atenta ao grau de impotência que esse tipo de escolha acarreta. Se comportar de forma passiva em um caso como esse pode ser mais confortável. Mas não se esqueça que você está colocando a responsabilidade pela sua felicidade nas mãos de outra pessoa. E isso não costuma dar certo.
No fundo é uma questão de autoconhecimento. Saber quais são seus limites e respeitá-los quando achar que deve ou colocá-los a prova quando se sentir pronta. Veja bem, isso não tem nada a ver com imposição social ou medo de destoar dos demais. Estou falando em reconhecer qual comportamento te fará mais feliz e ser fiel a ele em nome dessa felicidade. Porque o mundo é grande e cabem nele tanto as Pagus quanto as donzelas. As primeiras se divertem mais, é verdade, mas as segundas também tem seu valor.

(Yahoo)

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